Kyoto é uma das cidades japonesas mais interessantes. Por vários séculos, foi a capital do país, residência do imperador e o centro cultural do Japão.
Palácios, templos e toris (portais de madeira que indicam os ambientes sagrados), herança da riqueza e tradição japonesa, estão por toda parte. Por isso, não é de se estranhar que Kyoto seja conhecida como a “cidade dos mil templos”. Contudo, essa é apenas uma expressão de linguagem. Não existem mil templos por lá. Existem, ao contrário, muito mais. Calcula-se que o número seja entre dois e três mil templos budistas e santuários xintoístas.
Com tantos templos e santuários, fica até difícil escolher quais visitar. Os mais famosos e procurados pelos turistas são o Kinkaku-ji, Kiyomizudera e Ginkaku-ji, considerados patrimônio mundial pela UNESCO.
O templo zen budista Kinkaju-ji, um símbolos da cidade de Kyoto, é imperdível! A foto do Pavilhão Dourado com o reflexo na água é um clássico!
O pavilhão foi construído em 1397 pelo xogun Yoshimitsu Ashikaga (xoguns eram os comandantes dos exércitos. Detinham o poder real, por indicação do Imperador. Eram poderosos e influentes). Após a sua morte, o local foi convertido em templo.
Para visitar o templo, é necessário pagar uma taxa de ¥ 400, cerca de R$ 8,50 (adultos) e ¥ 300, cerca de R$ 6,40 (menores de 7 a 15 anos).
Logo na entrada há um mapa do complexo, com a indicação do templo, jardins, lojinhas e tea garden.
Os jardins impressionam desde o início.
Depois de uma curta caminhada, vença o grupo de turistas sempre presente no local e consiga um espaço em frente ao lago Kyōko-chi para tirar as melhores fotos do templo.
Não é difícil achar um bom ângulo. O tempo é bem fotogênico.
Na primavera e no outono é bem comum ver grandes grupos de japoneses visitando as atrações turísticas locais. Portanto, prepare-se para se deparar com multidões. São, em geral, crianças e senhores da melhor idade. As crianças adoram interagir. Quando percebem que alguém não tem olhinhos puxados, começam logo o diálogo. Em inglês, claro. Escutamos diversas diversas vezes “Hi”, “Hello”, “How are you?”.
Voltando ao templo, não deixe de contemplar sua beleza arquitetônica. Os três andares tem diferentes estilos arquitetônicos, mas compõem um resultado final absolutamente harmônicos. O templo já sofreu vários incêndios e sua estrutura atual foi reconstruída em 1955.
O andar térreo tem estruturas de madeira e gesso branco bem diferente dos andares superiores, que são totalmente cobertos por folhas de ouro. No segundo andar, a fachada é em estilo bukke, construção predominante nos castelos samurais. Já o último andar tem inspiração em um salão chinês. No topo do templo, fica uma fênix dourada.
Não é possível a entrada no templo. Então o jeito é tentar olhar atentamente a varanda do primeiro andar para observar as estátuas budistas em seu interior.
Depois de observar o templo, o passeio continua pelos belos jardins, que ainda mantém os projetos originais da época do xogum Yoshimitsu Ashikaga. Há muito verde, água e pedras.
No caminho pare para observar o Fudo Hall, que é um pequeno templo, e a Casa de Chá Sekkatei. Na saída há lojinhas de souvenirs e lanchonetes.
Fudo Hall
Como chegar
O templo Kinkaku-ji fica afastado da região central de Kyoto, onde está a Kyoto Station. Para chegar até lá, é possível ir de metrô, ônibus ou táxi.
Optamos por ir de ônibus para evitar as baldeações do metrô. Foi extremamente fácil. Os ônibus japoneses são pontuais, seguros, confortáveis e tem explicações em inglês. Há, inclusive, um letreiro no interior do ônibus indicando qual a próxima parada e a atração turística que pode ser visitada no local. Não tem como errar!
As linhas de ônibus que chegam até ao templo são a Kyoto City 101 ou 205. Pegamos o ônibus 101 que sai da Kyoto Station. Na parada de ônibus há explicações com relação ao horário e trajeto.
O trajeto dura em torno de 40 minutos e custa ¥ 220, cerca de R$ 4,20. O pagamento diretamente ao motorista, no valor exato. Caso não tenha trocado, há uma máquina no interior do ônibus que troca o dinheiro. A entrada é feita pela porta dianteira e a saída pela porta traseira.
O templo fica na penúltima estação. Ao desembarcar, é só seguir as placas indicando o caminho até o templo. São cerca de cinco minutos de caminhada.
Informações úteis
O templo funciona diariamente de 9h às 17h. O valor da entrada é de ¥ 400 (adulto).
Para mais informações sobre o templo, recomendo as dicas do Japan Guide e os textos da Mari Vidigal, autora do blog Ideias na Mala, que tem ótimas dicas do Japão.
Para continuar o passeio após visitar o Kinkakku-ji, uma sugestão é seguir para o Nijo Castle. Uma das paradas do ônibus 101 de volta à Kyoto Station é em frente ao castelo.
Kinkaku-ji no Brasil?
Pesquisando na internet, vi que há uma réplica do templo Kinkaku-ji na cidade de Itapecerica da Serra, no interior de São Paulo. Se for bonito como o templo original, deve ser um bom passeio!
Ficou curioso? Vale a pena conferir as fotos do blog Etenraku – Música Clássica Japonesa.
20 respostas
Anna Barbara,
Aqui é o Alvaro do blog Etenraku. Obrigado pelo comentário!
Gostei bastante do seu blog! Muito bom! Um dia chego no seu nível!
O Kinkakuji é um lugar belíssimo né? Fui no inverno em um dia chuvoso de inverno, mas mesmo assim estava fantástico! Espero que tenha aproveitado o Japão!
Um grande abraço,
Alvaro
Responder
Olá Alvaro!
Também gostei bastante dos seus relatos sobre a cultura japonesa!! 🙂
Deve ser linda a paisagem do Kinkaku-ji no inverno!!
Bjs, Anna
Responder
Que coisa! Uma réplica em SP? Vou tentar visitar!
Responder
Oi Deise!!
Isso mesmo! Uma réplica no interior de São Paulo!
Depois me conte como é, se vc for lá!!! 😉
Bjs, Anna
Responder
Na verdade, fica ao ladinho de SP, na cidade vizinha de Itapecerica da Serra. No vale dos Templos, onde também fica o Templo Enkoji.
Já os templos chineses em SP, há o famoso Zu En Lai e também dois outros em Parelheiros. Vale também a visita aos dois últimos.
Responder
Olá Beatriz!
Que legal!! Dica anotada!!
BJs, Anna
Oi, Anna. Tudo bem? 😉
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem. Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Responder
Olá Natie!!
Que maravilha!!! Esse templo é maravilhoso!!! 🙂
Bjs, Anna
Responder
Ana, que lugar maravilhoso! Parece que acabou de sair de um filme! Parabéns pelo post! Bjos, Rafa
Responder
Oi Rafa!!!
Obrigada pelos elogios!!! Esse lugar é incrível!! Aliás, Kyoto e todo o interior do Japão é incrível!!! 🙂
Saudades de lá!!
Bjs, Anna
Responder
Olá Anna
Então foram curtir um pagode japonês?
A visita à réplica do Kinkaku-ji em Itapecerica é um ótimo passeio de um dia para os paulistanos, a menos de uma hora da zona sul.
Para muitos ocidentais talvez cause certo estranhamento pois o local é um santuário onde a pessoas depositam cinzas de familiares, tanto no jardim quando no templo. Além da beleza da arquitetura e natureza, serve também para ver uma perspectiva diferente da morte em relação à cristã, principalmente nos finais de semana quando há uma maior frequência de famílias visitando as urnas.
Já faz alguns anos que não visito o templo, mas antigamente as famílias faziam picnic entre as árvores, e até havia uma lojinha na entrada vendendo alguns petiscos.
Responder
Olá Alceu!
Que legal!! Vc conhece o Kinkaku-ji brasileiro!!!
Imagino mesmo que seja um ótimo passeio! Não sabia dessa informação com relação às cinzas e à morte pelo ritual budista. Deve ser interessante!
Obrigada pelas dicas!! 🙂
Bjs, Anna
Responder
As cinzas do Cassiano Gabus Mendes estão depositadas lá.
Responder
Adorei, esse post me inspirou a ir! Estive em Kyoto na minha primeira vez no Japão mas nao fui ao templo, um grande arrependimento! Mas agora que voltei não poderei deixar de visita-lo!
Responder
Oi Yasmine!!
Fico feliz em saber que o post te inspirou a visitar o Kinkaku-ji! Eu achei belíssimo!
Tb amei o Kiyomizu-dera!!! Outro passeio que tb recomendo demais é visitar Arashiyama!
Vc mora no Japão?? Que máximo!!
Vou visitar o seu blog!
Bjs, Anna
Responder
Muito interessante.
Responder
Oi Anna Bárbara,
Tudo bem?
Com muuuuitas semanas de atraso, rs. Finalmente li seu post e adorei!
Super obrigada pelo link para o Ideias na mala.
Bjs
Responder
Oi Mari!!
Que legal!!! Mesmo com atraso, adorei saber que vc leu e gostou do texto!!
Adoro as dicas do Ideias na Mala!! 🙂
Bjs, Anna
Responder
Anna esse templo está dentro da água ou a calçada se “expande” para dentro da água???
Responder
Olá Marina!
Pelo que me lembro, o templo fica à beira de um lago…
BJs, Anna
Responder