44 horas para voar de NYC a Brasília: os reflexos do furacão Sandy
Quem escreve o post de hoje é a leitora Graziela Picinin. Ela viajou para os Estados Unidos no ano passado e enfrentou uns maus bocados por conta do furacão Sandy que atingiu a costa leste dos Estados Unidos no mês de outubro. Ela teve que dormir no chão do aeroporto e ficou horas sem saber quando conseguiria voltar para casa. O tempo de volta que era para durar cerca 9 horas, acabou se estendendo por mais de 40 horas…
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Assim como a Anna e o Fred, eu também já vivi uma experiência inesquecível voando Delta (veja o relato aqui).
A diferença é que minha experiência foi extremamente infeliz! Em outubro de 2012, após planejar muito, embarcamos em uma viagem para os Estados Unidos, entre costa leste e oeste.
Apesar de todo planejamento, jamais poderíamos prever que nossa viagem coincidiria com a chegada do furacão Sandy na costa leste dos Estados Unidos. Por conta dele, os 4 dias iniciais na Califórnia se tornaram 6, e os 5 em Washington se tornaram 9. Sobraram apenas 24 horas em NY e nossa ida para lá foi mantida praticamente em razão de partir de lá nosso vôo de volta.
Cancelamentos e atrasos de vôos em época de furacão parecem plenamente justificados, certo? No nosso caso, errado!
Nosso vôo de volta estava marcado, inicialmente, para o dia 7/11, às 20 horas, ou seja, mais ou menos uma semana após a passagem do furacão.
Entretanto, no dia 4, os jornais começaram a veicular a notícia de que, no dia 7, em razão de reflexos climáticos do Sandy, a cidade de NY seria atingida por uma intensa chuva, seguida de forte nevasca.
Entramos em contato com a Delta várias vezes e, em todas elas, a informação passada era de que o vôo estava confirmado.
O site da Delta, aliás, contradizendo a informação passada por telefone, dava a seguinte informação:
Infelizmente, as informações entre site e call-center eram desencontradas. Na falta de opção, nos dirigimos ao aeroporto e fizemos o check-in, com quatro horas de antecedência no dia 7, na esperança de que embarcaríamos. Sentamos num bar que tinha o sugestivo nome de “Cascata” e, de lá, acompanhávamos o painel de decolagens. Às 19 horas o horário do vôo foi alterado para 20:30 e, nas horas seguintes, sucessivamente, para 21:00, 22:00, 23:00, 23:30, 00:30, 00:00; 00:30, 8:00 …
Às 23:30, quando o horário foi alterado para 8:00 do dia seguinte, apareceu, finalmente, um representante da Delta, com a informação de que o vôo havia sido adiado por conta da tempestade e, como não havia hotéis disponíveis em NY em razão do furacão, seriam disponibilizados snacks, travesseiros e cobertores.
Nossa noite no aeroporto? Bom, há imagens que valem mais que mil palavras.
No dia seguinte, no horário marcado, nenhum sinal de representantes da Delta. Pouco antes das 9 da manhã, apareceram algumas representantes e foi, inacreditavelmente, iniciado o embarque. Devidamente embarcados, ficamos mais ou menos 3 horas e meia dentro do avião …
A desculpa? Não haviam embarcado as bebidas e comidas …
Finalmente, decolamos. Quando alcançamos a altitude de cruzeiro, o comandante pediu desculpas pelo atraso e informou que nosso tempo de vôo (até São Paulo) seria de aproximadamente 8 horas e 30 minutos. Ok. Dez minutos após, veio a informação de que em razão da indicação, no painel da aeronave, de um suposto problema no trem de pouso – do qual ninguém precisava se preocupar – e por medida de segurança (claro!), o vôo seguiria para Atlanta (e não para Boston, DC ou qualquer lugar mais próximo, como era de se esperar).
4 horas após, em Atlanta, não recebemos nenhuma explicação adicional e fomos acomodados em uma sala, com a informação de que pegaríamos outro vôo. Novo embarque, nova espera dentro do avião e quase um motim dos passageiros após (causado pela mesma informação de que o atraso no embarque se devia à falta de alimentação na aeronave), finalmente, decolamos.
42 horas depois, estávamos, finalmente em SP. De lá, e aí agradeço a Deus pela nossa sorte, conseguimos embarcar no primeiro vôo para Brasília. No total, foram 44 horas.
Um detalhe importante: na mesma data United e American cancelaram, antecipadamente, todos seus vôos.
Isso sim é inesquecível!
* Texto e fotos por Graziela Picinin
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